Fazer uma graduação em uma faculdade, centro universitário ou universidade?
Que dúvida cruel!
Depende muito qual o caminho que o vestibulando quer seguir. Se quer fazer uma graduação voltada para o mercado de trabalho, para pesquisas ou iniciação científica.
Para quem quer uma graduação voltada para o mercado de trabalho qualquer instituição serve, dependerá somente do tipo de graduação escolhida pelo vestibulando.
Bacharelado: é voltada para o mercado de trabalho, o que o torna apto apenas a desenvolver uma atividade em determinada área de atuação.
Licenciatura: habilita o seu titular a ser professor em escolas de Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, caso em que a formação se dá no curso de Pedagogia, ou nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, caso em que a formação se dá nas licenciaturas das áreas específicas do conhecimento (licenciatura em Física, em Matemática, em Geografia, etc.). Também pode ser professor em universidades, na categoria de professor auxiliar, mas a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação dificulta tal atividade uma vez que prioriza docentes com Mestrado ou Doutorado. A licenciatura, assim como os cursos de bacharelado, permite que o aluno continue a sequência acadêmica, com especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Graduação Tecnológica: é uma modalidade de graduação nível superior voltada para uma área bastante específica, desenvolvendo determinadas habilidades e competências para se inserir rapidamente no mercado de trabalho, em sua área de interesse profissional. O tecnólogo também tem uma formação voltada para a gestão, o desenvolvimento e difusão de processos tecnológicos. Este tipo de curso é autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) e, assim como os bacharelados e licenciaturas, confere diplomas de graduação, possibilitando a continuidade dos estudos em especialização (lato sensu) e pós-graduação (stricto sensu).
Faculdades:
As faculdades são instituições de ensino superior que atuam em um número pequeno de áreas do saber. Muitas vezes, são especializadas e oferecem apenas cursos na área de saúde ou de economia e administração, por exemplo.
Outra diferença para os centros universitários e universidades é a seguinte: quando uma faculdade pretende lançar um curso, ela tem de pedir autorização do Ministério da Educação - ou seja, não tem autonomia para criar programas de ensino. Contudo, as faculdades devem cumprir uma exigência:
1- O corpo docente tem de ter, no mínimo, pós-graduação lato sensu - normalmente menores do que os mestrados e doutorados.
Centros Universitários:
Os centros universitários, assim como as universidades, têm graduações em vários campos do saber e autonomia para criar cursos no ensino superior.
Em geral, são menores do que as universidades e têm menor exigência de programas de pós-graduação. No entanto, há algumas regras que eles precisam cumprir:
1- Ter, no mínimo, um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado.
2- Ter, pelo menos, um quinto dos professores contratados em regime de tempo integral (observe que o percentual é menor do que o exigido nas universidades).
Universidades:
As universidades devem oferecer, obrigatoriamente, atividades de ensino, de pesquisa e de extensão (serviços ou atendimentos à comunidade) em várias áreas do saber. Elas têm autonomia e podem criar cursos sem pedir permissão ao MEC.
As federais são criadas somente por lei, com aprovação do Congresso Nacional. As particulares podem surgir a partir de outras instituições como centros universitários.
Os requisitos mínimos são os seguintes:
1- Um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título de mestrado ou doutorado. Quanto maior a titulação dos professores, mais tempo de pesquisa e mais experiência para transmitirem aos estudantes.
2- Um terço do professorado deve ter contrato em regime de tempo integral - esses são os profissionais que costumam oferecer maior dedicação à instituição. Quando um docente é contratado para poucas aulas, normalmente, tem menos tempo para atender os universitários e para desenvolver projetos de pesquisa e extensão.
3- Desenvolver, pelo menos, quatro programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) com boa qualidade - um deles deve ser de doutorado.
Mas não quer dizer que todas as faculdades não fazem pesquisas. Há faculdades que fazem pesquisa séria, têm trabalhos com a comunidade e boa qualidade de ensino. Ao mesmo tempo, também existem universidades que deixam a desejar nas condições de ensino.
Por isso, na hora de escolher, é preciso ficar atento se a instituição de ensino cumpre o que é exigido pelo MEC (Ministério da Educação) e pela lei brasileira.
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